Uma entrevista com @aventurasmaternas sobre viagens e crianças

Recentemente o Paraíso recebeu a Priscila Correia, do @aventuras maternas, e sua família. Nestes dias, mesmo com o tempo um pouco mais fechado, nosso espaço se encheu de vida e diversão, mostrando que uma viagem bem aproveitada em família é resultado da união de diversos fatores, e que além da conexão familiar, a estrutura de hospedagem também pode fazer toda a diferença.

Se você também tem filhos, ama viajar e quer saber um pouco mais sobre o que a Pri tem a compartilhar sobre o tema, acompanhe os próximos parágrafos!

Iniciamos a conversa com um questionamento bem comum acerca dos tabus que as viagens em família ainda carregam, como a clássica dúvida: é possível alinhar descanso adulto e lazer infantil, garantindo o bem-estar de todos? Também aproveitamos para saber um pouco mais sobre o que as famílias precisam considerar na hora de planejar uma viagem.

Priscila: Acredito que, em primeiro lugar, vem o perfil da família. Eu, por exemplo, faço questão de levar meus filhos para todo lugar que vou, porque sempre entendo que há formas deles aproveitarem. Percebo que eles não precisam de recreação para se divertirem, mas sim de liberdade. 

Quando o destino é cultural, eles aprendem coisas novas, aumentam os aprendizados sobre cultura geral e informações novas, o que pode contribuir mais com o desenvolvimento intelectual deles. 

Quando o destino é para a natureza, eles aprendem a curtir o verde, subir em árvores, observar animais, curtir momentos de ócio, criar coisas novas.

Então, em primeiro lugar, como eu disse, vale pensar no seu estilo de vida, na rotina das crianças… E depois, buscar informações sobre o local para criar um roteiro de acordo com suas necessidades. Pensar o que fazer se chover, o que fazer nos dias de sol, o que há nas proximidades, levar brinquedos ou livros que eles gostem para oferecer em momentos em que não há nada para fazer. E vale curtir os programas junto com as crianças. Existe uma equação engraçada que costuma funcionar super bem: quanto mais tempo junto com as crianças, mais tempo livre sobrará para nós. Se eles curtirem muito ao longo do dia, acabam dormindo mais cedo, por exemplo, ou acabam ficando cansados e buscando opções mais leves e com menos gasto de energia. Na Paraíso, eu e meu marido curtimos um tempo juntos, enquanto as crianças brincavam de Standup Paddle, por exemplo, e observando pássaros nas árvores.

E quanto à escolha do destino? Sabemos que essa decisão influencia a qualidade da viagem de adultos e crianças, tanto em relação à cidade em si quanto à hospedagem. Sendo assim, como pousadas como a nossa podem ser cada vez mais receptivas às famílias com filhos?

Priscila: Eu acredito que o ponto fundamental é a flexibilidade. 

Meu filho mais novo, por exemplo, queria pão no meio da tarde e a pousada não tinha pão no cardápio tradicional, mas pensamos juntos com a governança e fizeram torradas para ele, as mesmas que acompanhariam a sopa. Além disso, é sempre bacana oferecer serviços que ajudem: jogos para as crianças, um binóculo para observação de pássaros, caixas para escorregar no terreno, se tem lago, oferecer Standup ou canoa… 

São pequenos detalhes, de acordo com o tamanho e estrutura do local, que podem dar ideias do que fazer com as crianças, oferecendo um descanso para os pais. Até mesmo um spa kids, na área de massagem… Enfim, pensar nas crianças como clientes.

E, para finalizar, qual o seu conselho para os pais que querem cair na estrada com os pequenos mas ainda estão receosos?

Priscila: Perguntar sempre! Buscar pousadas e hotéis com poucos quartos ou chalés, que tenham restaurante com área ao ar livre, que obedeçam os protocolos e divulguem a continuidade das preocupações (muitos já abriram mão, então as mídias sociais do local trazem uma credibilidade maior, quando continuam mostrando detalhes como máscara nos funcionários, álcool na mesa, luva pro buffet, etc). 

Questionar o atendimento do local sobre a lotação antes de ir, buscar se hospedar durante a semana, quando a procura é menor, marcar em momentos de baixa temporada… E, acima de tudo, manter seus protocolos individuais. Autorresponsabilidade e o entendimento que precisamos manter os nossos cuidados sempre. Levo meus copos, meus talheres, meu Lysoform. Por mais que eu confie no hotel, prefiro não contar com o comportamento dos hóspedes e de terceiros, mas fazer a minha parte. 

Uma coisa fundamental para mim é escolher hotéis e pousadas com serviço de quarto, assim independentemente da lotação, eu tenho a liberdade de pedir as refeições no quarto e me manter em distanciamento social. Ser honesto, transparente quanto aos receios, perguntar e avaliar a receptividade do local. 

Acredito que desta forma é possível viajar em paz e permitir momentos de diversão e liberdade para as crianças.

Esperamos que essa breve entrevista possa ajudar outras famílias a amadurecerem seus projetos de viagem. E quando o destino escolhido for Aiuruoca, o Paraíso estará de coração aberto para recebê-las!


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